domingo, 4 de julho de 2010

O verdadeiro rei do futebol Brasileiro |Tamborim|



Numa das minhas rápidas passagem pelo mundo do marketing tive a oportunidade de tratar com esta estrutura do esporte nacional. Trabalhava para o Jornal dos Sports, e tínhamos a missão de organizar um campeonato de handebol colegial com o patrocínio da Eletrobrás (patrocinadora do esporte no país). Era um festival de complicações, falta de preparo e blá blá blás. Impossível organizar uma competição dentro daquela estrutura e mesmo apelando para a confederação nacional não melhorava. E perdido dentro dessa bagunça e dentro do mundo marqueteiro desinteressante, nem soube o resultado desta tentativa privada ridícula. Voltei a minha boemia de antes.



A tradição brasileira de fincar seus culpados, os bodes expiatórios, numa estrutura velha, oligárquica e absolutista das instituições que controlam o esporte brasileiro, atingiu Dunga um mero oficial de reis incompetentes. Absolutistas que mantêm seus reinados baseados numa estrutura que proporciona a continuidade de dirigentes. Sejam eles bons ou, na maioria das vezes, ruins. Exemplos nefastos como Caixas d’água, Euricos, Mamades, Nuzmans, Bozikis, Texeiras comprovam a teoria.



Os reis nacionais como no caso, Ricardo Teixeira são eleitos por reis menores, que por suas vezes são indicados por reizinhos mais nanicos, eleitos em troca de bolas, chuteiras ou outros favores menos éticos. E continua nessa ciranda. Em algumas matérias a democracia conseguiu penetrar. Na política, há troca de poder entre opositores. No esporte essa liberdade de escolha não existe, simplesmente porque não há eleições. Os verdadeiros envolvidos não votam, são escravos alimentados por sonhos de conquistas e, em alguns casos, muito dinheiro. Os atletas, os técnicos, os juízes e o público são tratados como súditos submetidos aos desmandos de reis e reizinhos.



Ricardo Teixeira, em uma demonstração de despreparo, faturou com uma preparação ridícula para copa 2006. Os jogadores sentiram os prazeres da fama e da carne. Antes e durante a copa. Perdeu. Pressionado mudou radicalmente, em outra demonstração de incompetência, deu poderes a um lunático e fanático por uma conquista passado (1994), querendo fazer igual, mas esquecendo de Romário e Bebeto. Num clima de guerra Dunga falhou e levou a culpa. O rei da CBF já havia abandonado seu general, talvez já preparando o culpado e claro, saiu de fininho pronto para mais quatro anos de reinado.



Há indícios de luta pela democracia no esporte, como algumas confederações e federações. Sancionaram leis, abolindo as monarquias esportivas e libertando os vassalos, dando-lhes direito ao voto. Dando poder de escolha para suas próprias vidas e carreiras. Nuzman, um dia perguntado sobre a implementação de uma democracia dentro do COB. Fingiu que não ouviu. Para haver república no COB, muitas cabeças terão que rolar.


Abaixo a monarquia. Respeito ao esporte.





1 comentários:

Fábio Martins Faria 5 de julho de 2010 às 22:56  

È isso aí Guga, e não é só no Patropi não, pois a Fifa tb é dominada por cartolas q não largam o osso e são tb "eleitos" pelos nanicos do futebol. Patrocínios milionários e poderosos patrocinadores fazem o jogo de intesses do futebol mundial.
Abçs, F@bio

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