quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Charles Bukowski - Factótum

Bukowski usava as pralavras do cotidiano e narrava com detalhes preciosos para cativar o leitor. Linguagem simples como descreve o comportamento de seu personagem Henry Chinaski. O personagem se confunde com a vida de Buk, que só foi descoberto, como escritor, com mais de quarenta anos. Lógico que a criatividade de gênio completou suas "aventuras".

Gustavo Moura Brasil



“Fiquei em um quarto no segundo andar, de frente para um bar. O bar se chamava Café Gangplank. Do meu quarto eu podia ver através das portas abertas do bar tudo o que acontecia lá dentro. Havia uns rostos ferozes por ali, outros interessantes. Eu ficava no meu quarto à noite, bebia vinho e olhava aqueles rostos no bar enquanto meu dinheiro se esvaía. Durante o dia, eu dava longas e vagarosas caminhadas. Ficava sentado por horas olhando os pombos. Descobri um café imundo, com um dono mais imundo ainda, mas onde se podia tomar um café da manhã caprichado - panquecas, cereais, salsicha – por quase nada.”

Trecho do livro Factótum, ed. L&PM de Charles Bukowski.


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