terça-feira, 11 de agosto de 2009

O anel de vidro - Manoel Bandeira

foto retirada do site O Globo
O anel de vidro

Aquele pequenino anel que tu me deste,
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou…
Assim também o eterno amor que prometeste,
- Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.

Frágil penhor que foi do amor que me tiveste,
Símbolo da afeição que o tempo aniquilou,
Aquele pequenino anel que tu me deste,
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou…

Não me turbou, porém, o despeito que investe
Gritando maldições contra aquilo que amou.
De ti conservo no peito a saudade celeste…
Como também guardei o pó que me ficou
Daquele pequenino anel que tu me deste…

Manuel Bandeira

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Links para Manuel Bandeira:

Wikipédia
Releituras
Pensador
Jornal da Poesia
Brasil Escola
Casa Rui Barbosa
Poemas de Bandeira


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