O anel de vidro - Manoel Bandeira
foto retirada do site O Globo
O anel de vidro
Aquele pequenino anel que tu me deste,
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou…
Assim também o eterno amor que prometeste,
- Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.
Frágil penhor que foi do amor que me tiveste,
Símbolo da afeição que o tempo aniquilou,
Aquele pequenino anel que tu me deste,
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou…
Não me turbou, porém, o despeito que investe
Gritando maldições contra aquilo que amou.
De ti conservo no peito a saudade celeste…
Como também guardei o pó que me ficou
Daquele pequenino anel que tu me deste…
Manuel Bandeira
.
Links para Manuel Bandeira:
Wikipédia
Releituras
Pensador
Jornal da Poesia
Brasil Escola
Casa Rui Barbosa
Poemas de Bandeira
0 comentários:
Postar um comentário